Investir para comprar imóvel: dicas para se organizar e realizar seu sonho em 2022
Você já pensou em investir para comprar imóvel? Essa estratégia pode te garantir diversos benefícios e te livrar dos juros de um financiamento.
Comprar um imóvel envolve muito planejamento financeiro. Trata-se de um alto investimento com muitas decisões a serem tomadas. Como falamos de uma escolha de longo prazo é fundamental se atentar às opções e os reflexos de cada uma delas. Por exemplo, se você possui um valor baixo para dar como entrada e pretende financiar o restante é importante focar no valor das parcelas desse financiamento. Isso porque, elas precisam caber no seu bolso.
Contudo, o financiamento não é a única possibilidade na hora de adquirir um imóvel. É possível optar por juntar o dinheiro e pagar pela propriedade à vista. O esforço aqui será no acúmulo de capital para alcançar o objetivo. Como falamos de altas quantias pode parecer impossível obter esse recurso financeiro. Contudo, existe sempre a possibilidade de fazer o seu dinheiro render, ou seja, investir para comprar imóvel.
Para isso, é importante conhecer as opções de investimento no mercado e quais são as melhores para cada caso. Neste artigo você vai entender como funcionam esses investimentos e os riscos de cada um deles. Confira!
Investir para comprar imóvel
Como dissemos, acumular o valor para comprar um imóvel à vista pode ser um processo demorado. Contudo, apresenta muitas vantagens sendo a principal delas a maior flexibilidade para negociação e se livrar dos juros de um financiamento. Assim, investir para comprar imóvel se tornou uma prática comum de quem já possui uma boa quantia guardada.
Aqui, é importante tomar decisões que garantam o rendimento do investimento com o mínimo de riscos possível. Assim, buscar produtos financeiros coerentes com o seu planejamento é o primeiro passo. Alguns fatores como a taxa Selic podem influenciar diretamente na sua escolha e por isso é sempre importante manter-se atualizado quanto às notícias do mercado. Renda fixa, CDB, Títulos Públicos e Fundos de Investimento são opções muito utilizadas por quem deseja investir para comprar imóvel.
O importante é sempre observar o fator de risco de cada investimento. Além disso, fique de olho na sua rentabilidade. Isso porque, ela deve ser sempre superior ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Desse modo, é possível guardar dinheiro para comprar um imóvel à vista e rentabilizar esse montante de forma segura.
O que é CDI
Como dissemos, o ideal é que os seus investimentos tenham rentabilidade maior que o CDI, ou Certificado de Depósito Interbancário. Mas afinal, o que é o CDI? Basicamente, trata-se de um título de curtíssimo prazo emitido pelos bancos. Ele não é oferecido diretamente aos investidores individuais, mas serve para que instituições financeiras emprestem e tome recursos entre si de um dia para o outro.
O CDI existe como uma forma de regulamentar o sistema financeiro. O Banco Central determina que todos os bancos no país encerrem o dia com um saldo positivo de caixa. Essa medida assegura que o sistema financeiro esteja sempre estável.
Para as pessoas físicas o CDI impacta diretamente nos juros de seus investimentos. Sendo a principal referência de rentabilidade para os investimentos de renda fixa, o CDI é quem determina os seus rendimentos. Ou seja, se a taxa do CDI cai, as aplicações atreladas a ele acabam por render menos. Esta taxa é tão importante que até mesmo investimentos que não estão diretamente atrelados a ela podem sofrer variações devido aos seus efeitos indiretos.
4 dicas de onde investir
Quando a estratégia é associar rentabilidade e segurança, os títulos públicos são o primeiro investimento que nos vêm à cabeça. Para ter bons resultados na hora de investir para comprar imóvel é preciso associar rentabilidade à segurança com as grandes oscilações de mercado. O Tesouro Selic, por exemplo, é um ótimo investimento alternativo à poupança, mas não é o único.
O mercado financeiro oferece uma ampla gama de investimentos, que atendem desde os investidores iniciantes até aqueles que possuem uma carteira de investimentos vasta. Por isso, é fundamental entender como cada um deles funciona e quais são os seus riscos.
Certificado de Depósito Bancário (CDB)
O CDB, ou Certificado de Depósito Bancário, é um título emitido pelos bancos. Seu objetivo é arrecadar fundos para que seja possível fornecer crédito a outras pessoas. Essa aplicação garante que, além do dinheiro investido, você tenha direito aos juros que serão combinados no momento da aplicação.
O risco de se investir em CDB está na possibilidade da instituição financeira falir. Desse modo, não é possível que a mesma devolva a quantia investida, muito menos pague os juros acordados. Porém, existe hoje uma garantia chamada Fundo Garantidor de Crédito para aplicações de até R$250mil em CDB. Isso significa que o FGC garante o valor investido até a quantia determinada caso o banco não seja capaz de lhe devolver o investimento.
Tesouro Selic
O Tesouro Selic é o título com maior liquidez e menor volatilidade do mercado. Mas o que isso significa? De forma resumida, esse investimento tem sua rentabilidade pós-fixada, ou seja, o seu retorno é calculado no momento do resgate do título. O seu rendimento, como o próprio nome sugere, está atrelado à taxa Selic – a taxa de juros brasileira.
Desse modo, o Tesouro Selic é o investimento de menor risco do mercado financeiro. Isso porque, ao investir em um título público você se torna um credor do governo, cujas chances de não arcar com o compromisso são muito remotas. Ademais, o Tesouro Selic não exige que você disponha de um grande valor para aplicação. Com apenas 1% do valor do título já é possível investir. Trata-se do único investimento do mercado que não apresenta rentabilidade negativa.
Desde março de 2015 o resgate do investimento foi facilitado. Isso porque, o Tesouro Nacional realiza a compra diária dos títulos, facilitando a venda dos ativos de acordo com os preços do mercado. Esse fácil resgate também é uma ótima vantagem a ser levada em conta por quem deseja investir para comprar imóvel.
Fundos simples
Investir em um fundo simples significa que o seu dinheiro é reunido ao de vários investidores. Quem cuida desse investimento é um corretor ou especialista do banco. Neste caso, é preciso aplicar no mínimo 95% do total dos seus recursos em títulos de renda fixa ou títulos públicos. Trata-se de investimentos conservadores, com rendimentos que também acompanham a taxa Selic.
LCI e LCA
LCI, ou Letras de Créditos Imobiliários, são títulos emitidos por bancos cujo objetivo é arrecadar recursos para o setor imobiliário. Enquanto isso, as LCA, Letras de Créditos de Agronegócio, têm recursos direcionados para o setor agropecuário. A remuneração desses investimentos varia de acordo com a estratégia de cada banco.
Normalmente, as instituições financeiras se comprometem a pagar aos investidores juros referentes ao período em que o dinheiro foi investido. O grande atrativo dessas aplicações é que ambas são isentas de imposto de renda e sua rentabilidade pode ser pré-fixada ou pós-fixada.
Aluguel pode ser uma opção
Existe no imaginário brasileiro que morar de aluguel é desperdício de dinheiro. Isso porque, todo o dinheiro investido é investido no bem de uma outra pessoa e não possui nenhum tipo de retorno. Contudo, morar de aluguel pode ser uma ótima maneira de juntar dinheiro enquanto não compra o seu imóvel à vista. Isso pode ser feito calculando a taxa de retorno do imóvel.
A taxa de retorno de um imóvel envolve investir o montante que seria utilizado para dar entrada em um apartamento, ao invés de comprar um móvel financiado. Assim, é preciso calcular se o rendimento permite pagar o aluguel e ainda reinvestir o valor. Esse cálculo é feito dividindo o valor do aluguel pelo valor de venda do imóvel e multiplicando por 100.
Na prática, se o imóvel que você deseja comprar custa R$500 mil e o aluguel é de R$ 2 mil, o cálculo deve ser feito: 2.000 / 500.000 x 100 = 0,4. Isso significa que se a aplicação dos R$ 500 mil oferece um rendimento maior que 0,4% se trata de um bom investimento. Assim, é possível pagar o aluguel e ainda reinvestir o que sobra. Em contrapartida, qualquer investimento que renda menos que esse valor não será financeiramente viável.
Assim, como praticamente tudo no mercado de imóveis, é importante conhecer a sua situação financeira, seus planos futuros e assim traçar objetivos. Investir para comprar imóvel é uma ótima maneira de conseguir benefícios na hora de adquirir a casa própria e se livrar dos juros do financiamento, mas é importante conhecer bem as opções de investimentos e os seus riscos para não perder dinheiro e adiar o sonho do imóvel próprio.